Saúde Pública e a Cruz Vermelha Brasileira
A História da Cruz Vermelha Brasileira se iniciou no ano de 1907, graças à ação do Dr. Joaquim de Oliveira Botelho, espírito culto e cheio de iniciativa que, inspirando-se naquilo que testemunhara em outros países, sentiu-se animado do desejo de ver, também aqui, fundada e funcionando, uma Sociedade da Cruz Vermelha.
Junto com outros profissionais da área de saúde e pessoas da sociedade promoveu uma reunião em 17 de outubro daquele ano na Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, para lançamento as bases da organização da Cruz Vermelha Brasileira. Em reunião realizada em 5 de dezembro de 1908, foram discutidos e aprovados os Estatutos da Sociedade. Esta data ficou consagrada como a de fundação da Cruz Vermelha Brasileira, que teve como primeiro Presidente o Sanitarista Oswaldo Cruz. O registro e o reconhecimento da entidade nos âmbitos nacional e internacional se deu nos anos de 1910 e 1912, sendo que a I Grande Guerra (1914/1918) constitui-se, desde seus primórdios, no fator decisivo para o grande impulso que teria a novel Sociedade.
A História
As “Damas da Cruz Vermelha Brasileira”, comitê criado por um grupo de senhoras da sociedade carioca, deu origem à Seção Feminina, que teria como primeira tarefa, a formação do corpo de Enfermeiras voluntárias. A semente assim plantada frutificaria e, para permitir o funcionamento de outros cursos sugeridos pela Seção Feminina, foi criada e inaugurada, em março de 1916, a Escola Pratica de Enfermagem, sob a eficiente direção do Dr. Getúlio dos Santos, na época Capitão Medico do Exército.
Com a declaração de guerra do Brasil aos Impérios Centrais (Alemanha e seus aliados), a Sociedade expandir-se-ia com intensificação dos Cursos de Enfermagem e com a criação de filiais estaduais e municipais, cabendo a São Paulo a primazia. Em 1919, as filiais já eram em número de 16.
A Cruz Vermelha Brasileira participou da constituição da Federação de Sociedade de Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho em 1919, filiando-se a ela.Em nosso país, tornou-se instituição modelar, da forma prevista nas Convenções de Genebra -, como em tempos de paz, levando ajuda a vítimas de catástrofes e desastres naturais (secas, enchentes, terremotos etc.).
Apresentação
A Cruz Vermelha é a maior instituição humanitária do mundo. Está presente em mais de 190 países, inclusive no Brasil. Em nosso País, encontra-se representado por um órgão nacional e por filiais estaduais e municipais. A Diretoria Nacional, sabedora do ambiente de constantes mudanças econômicas, políticas e sociais, seja por fatores oriundos da globalização, seja por circunstâncias próprias da cultura brasileira, e do papel do Estado repensando sua atuação e o perfil de desempenho administrativo de suas estrutura, oferece ao segmento da Saúde instrumentos de apoio, planejamento, gestão e produção de serviços estruturados em modelos de organização, como forma de adequação às necessidades destes novos cenários, onde a saúde esta sendo tomada rapidamente pelos exigentes padrões de qualidade já comuns em outros setores.

Modelo de Trabalho
No Brasil, estes desafios se potencializam. Os gestores públicos enfrentam uma gama de problemas da mais variada ordem, tais como: insuficiência de recursos, desmotivação, tecnologia cara e pouco acessível, filas, demora no atendimento, despreparo dos atores envolvidos, dentre outros fatores, fazem com que o setor se torne volúvel e sem credibilidade, com dificuldade em atender de forma satisfatória as demandas geradas.
A Cruz Vermelha Brasileira oferece seu , visando apoiar e superar as dificuldades da Gestão Pública através da melhoria contínua e da eficácia dos processos, estruturando as mudanças necessárias de uma forma integral – contemplando aspectos estratégicos, humanos, ambientais, boas práticas, controles administrativos – e promovendo as melhorias possíveis nos sistemas de trabalho, fundamentando-se em um processo voltado para educação permanente e em princípios de qualidade que envolvem toda estrutura organizacional, buscando a conscientização e o comprometimento de todos os atores.
Utilidade Pública
Historicamente, a Cruz Vermelha sempre esteve atrelada ao apoio e fortalecimento do Estado.
Fundada em 1908 no Brasil, já contribuiu em inúmeras situações para o desenvolvimento e
qualificação da administração pública nas esferas Federal, Estadual e Municipal. Prova maior dos
resultados obtidos é o reconhecimento – Internacional, Nacional, Estadual e Municipal – da Cruz Vermelha como Entidade de Utilidade Pública, além de várias outras outorgas conferidas em
reconhecimento à excelência dos resultados obtidos.
Esta relação histórica com o poder público, atrelada aos objetivos fundamentais da instituição e a sua
longa tradição nas áreas de atuação, conferem aos parceiros a certeza de obtenção de bons resultados. O Estado da Arte conferido ao Modelo de Trabalho da Cruz Vermelha Brasileira pode ser facilmente comprovado pelas premissas de fundação da instituição, que foi fundada em 5 de dezembro de 1908 e, desde então, tornou-se instituição modelar, da forma prevista nas – tanto em situações de guerra ou conflito armado, como em tempos de paz, levando ajuda a vítimas de catástrofes e desastres naturais (secas, enchentes, terremotos etc.).
É reconhecida pelo governo brasileiro como sociedade de socorro voluntário, autônoma, auxiliar dos
poderes públicos e, em particular, dos serviços militares de saúde, bem como única Sociedade Nacional da Cruz Vermelha autorizada a exercer suas atividades em todo o território brasileiro.
Atua com base nos seguintes princípios fundamentais:
Humanidade: A Cruz Vermelha, nascida da preocupação de prestar socorro, indistintamente, aos feridos nos campos de batalha, esforça-se, no âmbito internacional e nacional, em evitar e aliviar o sofrimento humano sob qualquer circunstância. Procura não só proteger a vida e a saúde, como também fazer respeitar o ser humano. Promove a compreensão mútua, a amizade, a cooperação e a paz duradoura entre todos os povos.
Imparcialidade: A Cruz Vermelha não faz nenhuma discriminação de nacionalidade, raça, religião,condição social ou opinião política. Procura apenas minorar o sofrimento humano,dando prioridade aos casos mais urgentes de infortúnio.
Neutralidade: A fim de merecer a confiança de todos, a Cruz Vermelha abstém-se de tomar partido em hostilidades ou de participar, em qualquer tempo, de controvérsias de natureza política, racial, religiosa ou ideológica.
Independência: A Cruz Vermelha é independente. As Sociedades Nacionais, auxiliares dos poderes públicos em suas atividades humanitárias, sujeitas às leis que regem seus respectivos países, devem, no entanto, manter sua autonomia, a fim de poderem agir sempre de acordo com os Princípios Fundamentais da Cruz Vermelha.
Voluntariado: A Cruz Vermelha é uma instituição voluntária de socorros sem nenhuma finalidade lucrativa.
Unidade: Só pode existir uma única Sociedade de Cruz Vermelha em cada país. Ela está aberta a todos e exerce sua ação humanitária em todo o território do mesmo.
Universalidade: A Cruz Vermelha é uma instituição mundial, na qual todas as Sociedades têm iguais direitos e dividem iguais responsabilidades e deveres, ajudando-se mutuamente.
No Brasil, seu primeiro presidente foi o Dr. Oswaldo Cruz, médico, patrono da Saúde Pública, responsável pelas principais campanhas sanitaristas do início do século XX. Muitos são os exemplos do apoio incondicional da Cruz Vermelha Brasileira no Fortalecimento do Estado e na proteção da Dignidade Humana.
A Cruz Vermelha Brasileira, com sua história, resultados apresentados, e a notória competência e inquestionável reputação ético-profissional, além do fato de ser uma entidade sem finalidade
lucrativa, com um Modelo de Trabalho de excelência reconhecida internacionalmente, conferem à Cruz vermelha Brasileira um status diferenciado, reconhecido nas condições expressas da legislação atual que permitem a contratação da Cruz Vermelha Brasileira por órgãos públicos, mediante dispensa de licitação, para realização de serviços no segmento saúde, dada a notória especialização apresentada ao longo de suas atividades.